terça-feira, 22 de março de 2011

Primavera em Lisboa...

Hoje, ao passear pela zona de Belém, veio-me à memória um dos meus poemas preferidos de Fernando Pessoa:

O esforço é grande e o homem é pequeno
Eu, Diogo Cão, navegador, deixei
este padrão ao pé do areal moreno
e para diante naveguei.
.
A alma é divina e a obra é imperfeita.
Este padrão sinala ao vento e aos céus
Que, da obra ousada, é minha a parte feita:
o por fazer é só com Deus.
.
E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.
(...)

1 comentário:

MGomes disse...

Navegamos por mares nunca antes navegados! Demos novos mundos ao mundo! E agora tristes e taciturnos, recebemos orientações e ordens de uma qualquer Merkel, como se 800 anos de história de nada valessem!!!

Como foi possível aqui termos chegado, interrogar-se-ão alguns?
- Afinal não somos descendentes do Vasco da Gama, do Bartolomeu Dias, do Diogo Cão e de tantos outros navegadores que por ali foram em descoberta de um novo mundo? Que é feito dessa gente?

Pois, dirão outros, irónicamente:
- Esses, os grandes audazes e aventureiros portugueses, foram os que partiram..., infelizmente somos descendentes dos que ficaram!!!!

Como cantou e disse alguém:
- Ai Portugal, Portugal, do que é que estás à espera...

Gostei da fotografia e do poema! Eleva-nos o "sentir português"!

Bjo